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sexta-feira, 2 de março de 2012

Os Estágios do Desenvolvimento do conhecimento: Segundo Piaget



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Os Estágios do Desenvolvimento do conhecimento: Segundo Piaget


                                                                 Maria Eliete Silva Medeiro*
                                                                 Poliana Sodré Ribeiro**
                                                                 Shirley Cristina Pereira de Almeida***
Ângela Brito Ferreira


Resumo:
O texto tem o objetivo de analisar como se dá o processo de desenvolvimento por etapas, segundo a teoria piagetiana. Piaget foi o nome mais influente no campo da educação durante a metade do século XX, e denominou uma teoria do conhecimento natural da criança onde chamou de epistemologia genética. Nesta teoria, Piaget divide o desenvolvimento do conhecimento em estágios, desde o nascimento até o início da adolescência. Portanto, torna-se relevante o estudo da teoria piagetiana acerca do desenvolvimento do conhecimento do ser humano.
Summary:
The text aims to analyze how the process occurs in stages of development, according to Piaget's theory. Piaget was the most influential name in the field of education during the mid-twentieth century, and called a theory of natural knowledge which the child called genetic epistemology. In this theory, Piaget divides the development of knowledge in stages, from birth to early adolescence. Therefore, it is relevant to the study of Piaget's theory about the development of human knowledge.

Palavras chaves:conhecimento-desenvolvimento-raciocínio
1 Introdução
A escolha do tema do artigo deu-se pelo fato de entender a educação segundo o método proposto por Piaget, onde ele percebe que a educação se dá pela interação; professor e aluno. E que o ser humano passa por estágios de desenvolvimentos. O presente artigo tem como objetivo principal estimular a formação de profissionais de educação propiciando liberdade intelectual e moral. Criar seu próprio conhecimento e sejam referências para outros que virão, e respeitar o nível de capacidade dos seus futuros discentes, ajudando-os adequadamente sem forçá-los e respeitando seus limites.
A relevância deste trabalho está no fato de entender o processo de desenvolvimento intelectual do indivíduo que passa por estágios de desenvolvimentos. O objetivo primordial de Piaget era de explicar a questão do conhecimento, e segundo ele, não há conhecimento sem conceitos. Isso significa que o conhecimento parte da ação de uma pessoa sobre o meio em que vive, ou seja, de experiências vivenciadas.
A metodologia para a realização deste artigo deu-se através de análises de livros, pesquisas na internet (artigos), sendo, portanto uma pesquisa bibliográfica, a fim de conhecer as várias correntes interpretativas sobre Piaget e os estágios do desenvolvimento. O presente artigo está dividido em introdução e em duas sessões. Na primeira discuti-se a abordagem piagetiana do desenvolvimento e do conhecimento e os seus estágios. E na segunda, as análises e discussões; e a conclusão sobre o entendimento do tema.
Segundo Piaget, conhecer as etapas do processo de crescimento do saber é importante para podermos compreender, de que forma o ser humano estrutura, organiza e explica o mundo a sua volta. Baseado nestas explicações, espera-se, que os futuros educadores adquiram uma percepção mais aguçada de como se processa o conhecimento.
As idéias de Piaget estão presentes em diversos colégios do mundo todo. Suas teorias buscam implantar nos espaços de aprendizagem uma metodologia inovadora que buscam formar cidadãos criativos e críticos.Segundo as suas teorias, o professor não deve apenas ensinar, mas orientar os educadores caminho da aprendizagem autônoma.Para Piaget o objetivo principal da educação é criar individuo capazes de fazer coisas novas e não repetir o que outras gerações fizeram.
Enquanto para Piaget a aprendizagem depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito,para Vygotsky a aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais.
Entretanto, apesar das diferenças entre a posição teórica dos dois cientistas, ambos enfatizam a compreenção da gênese dos processos cognitivos.Além disso, eles, não consideram os processos psicológicos como resultados estáticos que se expressam em medidas quantitativas, pois Piaget e Vygotsky valorizam a interação do individuo com o ambiente e veem o indivíduo como sujeito que atua no processo de seu próprio desenvolvimento.

2. Abordagem Piagetiana do desenvolvimento de conhecimento
A teoria de Jean Piaget pode ser caracterizada como interacionista quando se posiciona teoricamente a propósito da aquisição do conhecimento identifica duas posições que se originaram de visões filosóficas diferentes do ser humano,o empirismo e o apriorismo, onde:

[...] Piaget não admite nem hipótese empirista nem inatista para explicar a aquisição do conhecimento humano.Ele se identifica como interacionista e entende que estasua posição seria uma terceira corrente,visto que não é meramente uma posição intermediária entre o empirismo e o inatismo,porque segundo ele o conhecimento não é em parte influência do meio e em parte produto de herança.Segundo ele o conhecimento não está no sujeito nem no objeto e nem no somatório dos dois,visto que entre o sujeito e um objeto existe a ação que estapermitirá ao sujeito construir seu conhecimento (La                ROSA, 2003, p. 106).

 O ser humano não é passivo nem pré-formado,mas interage com o meio e através desse constrói o seu conhecimento através das descobertas e inovações.Sendo a teoria de Piaget identificada por ele como interacionista não se pode analisar isoladamente o homem sendo sujeito em interação com o meio que deve se descrito como sistema aberto que constrói o conhecimento ao agir sobre os objetos incorporando elementos cognitivos novos.
Para Piaget a própria lógica nas suas formas mais naturais, não é inata no homem, no sentido de dado em qualquer idade,o individuo não nasce pré-formado cognitivamente, e nem tampouco o domínio do conhecimento é de natureza exógena,nas palavras dele os diversos aspectos do comportamento são realizações fenotípicas o resultado de uma interação entre o genótipo e o meio o desenvolvimento cognitivo é um processo que se realizaem todo o ser humano e temum caráter seqüencial que ocorre numa série de estágios.´´Piaget, explica que o desenvolvimento cognitivo é um processo que se realiza em todo o ser humano e tem caráter sequencial, isto é, ocorre numa serie de estádio, sendo cada um deles necessário,algo cada um deles resulta necessariamente do processo e, ao mesmo tempo,preparo o seguinte.(La ROSA,2003,p.107).´´
Uma questão levantada respeito dos estágios do desenvolvimento se refere á possibilidade de queimar etapas. As idéias de Piaget evidenciam a impossibilidade de tal fato não sendo possível construir uma estrutura complexa sem ter passado por estrutura mais simples. O desenvolvimento do individuo, portanto pode descrito como um sistema epigenético,compreendido através de estágios seqüenciais, sendo impossível atingir as operações concretas sem passa por uma preparação sensorimotor e é impossível chegar ás operações concretas prévias. Diz Piaget que a criança chega á compreensão de certos fenômenos elementares.Ele se refere que a construção do conhecimento é sempre um processo individual e resulta da ação do sujeito sobre o objeto,evoluindo as estruturas numa seqüências de quatro grandes estágios do desenvolvimento,mas o sujeito constrói o seu conhecimento e está reproduzindo, na sua história de desenvolvimento individual,as etapas históricas de desenvolvimento efetivadas pela humanidade.
As operações individuais da inteligência e as operações cognitivas são a mesma coisa, sendo a coordenação geral das ações, e coordenação inter-individual e intra-individual, porque essas ações são ao mesmo tempo coletivas e executadas por indivíduo.
Segundo Piaget identifica três espécies de sentimento ou tendências afetivas que ocorrem inicialmente na mente da criança as quais são necessidade de amor, sentimento de medo em relação aos maiores e mais fortes que ela e o sentimento de respeito que importante na formação e no exercício da consciência moral, as relações entre a criança e as pessoas que a cercam são importantes na formação dos sentimentos morais. Essas relações são formadoras das realidades morais elementares o sentimento do dever não é produto da vontade do mais forte, mas a ordem ou recomendação será aceita como obrigação se emanar de uma pessoa respeitada, que sejam objeto de uma afeição e medos simultâneos. “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, aprendendo os mecanismos dessa transformação vinculados com as ações transformadoras.”
A criança poderá manter-se heteronímica quando as regras são impostas o respeito mútuo resulta da relação entre os indivíduos iguais com abstração de qualquer autoridade a fonte de obrigação é o respeito que não mais impõe regras, mas propicia a sua elaboração através da mútua coordenação dos pontos de vista e das ações as relações que se estabelecem entre pessoas ou grupos podem ser comparadas ao desenvolvimento das relações da criança com as pessoas que a cercam numa perspectiva ontogenética, também as crianças transitam por fases caracterizadas por impulsividade e não submissão á qualquer regra oriunda do exterior, mas que, posteriormente,passam a sujeitar-se orientações ou recomendações ou emanadas de pessoas respeitadas, culminando não necessariamente quando superou o egocentrismo e é capaz de relacionar com outras pessoas onde o sujeito procuraria uma conciliação que satisfizesse a todos os envolvidos num processo decisório o desenvolvimento cognitivo.
2.1- Estágios de desenvolvimento
A aquisição do conhecimento segundo ele, também depende das transmissões educativas ou sociais como as palavras designam objetos símbolos arbitrários é convencionais que não são descobertas nem inventadas. Um dos aspectos importantes da teoria piagetiana de que o conhecimento físico ou lógico matamático não é transmitido pela escola,mas construído pelo sujeito através das ações exercidas sobre o objeto, logo, o objeto da educação não consiste em transmitir as informações, mas possibilitar ao aluno que aprende por si próprio, o desenvolvimento cognitivo que envolve a aquisição do instrumento lógico-racional que possibilita ao sujeito a compreender o meio no qual vive e responder adequadamente ás exigências desse meio.
Segundo Piaget,existe a necessidade de se promover um ajustamento dos métodos didáticos aos dados psicológicos do desenvolvimento real.Observa-se que segundo ele, a origem dos fracassos da educação formal se dá pelo inicio da linguagem que mesmo acompanhadas de desenhos,de ações fictícias ou narradas deveria se desenvolve de uma forma mas real.
[...] Piaget identifica na escola dois processos de influenciação complementares:por um lado a pressão do adulto e,por outro,a cooperação das crianças entre si.O respeito que a criança tem pelo o adulto constitui um fator importante nas relações afetivas entre a criança e,o adulto, que explica a obediência natural da criança e a constituição de regras imperativas nos estágios iniciais de desenvolvimento. (La ROSA,2003,p.115)
 

No século XIX, a infância começou aos poucos a ir ganhando mais respeito e importância, altura em que foram criando as primeiras escolas, onde se podia transmitir de professor para aluno. O ser humano é modificado pelas situações e experiências, mas irá também por si próprio e a influência altera o seu modo de perceber as situações do meio permitindo conhecer, interpretar e de como se comportar. O desenvolvimento é fruto das relações que se estabelecem entre o meio e dá-se ao longo do tempo, passando por estágios que correspondam a uma forma de o individuo se encontrar, de manter o equilíbrio com o mundo a sua volta.
Para Piaget o raciocínio e de aprender da criança passa por estágios por volta dos 2 anos, ela evolui do estágio sensório-motor, onde envolve os órgãos sensoriais neurológicos básicos por exemplos a maneira como a criança suga a mamadeira e o seu pensamento se dá somente sobre as coisas presentes na ação que está se desenvolve e no estágio pré-operatório a criança se torna capaz de fazer uma coisa sem imaginar outra. Ela faz isso, quando brinca de boneca e representa situações vividas em dias anteriores.”Para Piaget, o que permite a construção da autonomia moral é o estabelecimento da cooperação em vez da coação, e do respeito mútuo no lugar do respeito unilateral.”explica Araújo.


             
A outra progressão se dá por volta dos 7 anos, quando a criança passa para o estágio operacional-concreto onde passa refletir sobre o inverso das coisas e dos fenômenos e para concluir um raciocínio, leva em considerações os objetos. Percebe que 3-1=2 porque sabe que 2+1=3, e por volta dos 12 anos chega ao estágio operacional-formal onde o adolescente já pensa em coisas abstratas, sem necessitar da relação direta com o concreto já passa a compreender conceitos como o amor ou democracia.
3 Análises e discussões

       Observa-se que a forma da criança aprender para Piaget, passa por estágios. Segundo ele o individuo precisa queimar etapas mais simples para pode chegar nas mas complexas.
Pois os estágios que o ser humano percorre se inicia aos 2 anos, onde a criança consegue perceber as sensações, a este estágio denomina-se sensóriomotor conseqüência teremos o pré-operatório onde ela e capaz de pensar especifica um objeto sem se preocupa com outra.E a parti dos 7 anos, alcança o operacional-concreto onde começa raciocina refletir se pergunta analisa as coisas e finalmente o estágio operacional-formal se dá por volta dos 12 anos passa a compreender o mundo a sua volta percebe a noção das coisas começa ter sua própria opinião a respeito da sociedade do concreto e abstrato em relação amor,ódio democracia.etc.
     Piaget também explica que os estágios do desenvolvimento do conhecimento esta no o individuo que segue uma seqüencia que e importante para iniciar o conhecimento do individuo.
Portanto observa-se que constrói o seu conhecimento por influência do meio e assim sendo inicia os estágios descobrindo-se através da interação com outros.
    A aprendizagem para Piaget se dá por estágio atingido pelo ser humano e Vygotsky a sua aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais.
   Também a uma diferença na teoria dos dois cientistas, mas percebemos uma semelhança no desenvolvimento adquirido pelo individuo que a interação com o meio onde se encontra
   Segundo Piaget o conhecimento, também depende das transmissões educativas ou sociais.Por conseqüência a criança precisa está envolvida com a sociedade e as suas mudanças. A uma necessidade de se promover um ajustamento nos métodos didáticos psicológicos do desenvolvimento real.Observa-se que o fracasso da educação formal se dá pelo inicio da linguagem mesmo acompanhadas de desenhos e outros não ajuda a aprendizagem dos alunos.Porque, a inovação e a criatividade caminham lado a lado sem elas se torna difícil a realizações das ações dos individuo, necessitam ser trabalhadas de acordo com suas necessidades para terem uns bons aproveitamentos psicológicos.
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4 Considerações finais
   Para entender a teoria de Piaget,importante compreendemos alguns conceitos fundamentais a respeito das estruturas, funções e conteúdo a respeito do conhecimento do individuo através da pesquisa feita, ela trouxe uma compreenção para nós acadêmicos do curso de Letras a relevância sobre o desenvolvimento do que homem precisa do meio para construir um conhecimento sobre a sociedade a sua volta, a escolha do tema no decorre da pesquisa foi  muito gratificante o contato com suas obras que passamos a descobrir como se deu os estágios do desenvolvimento do indivíduo e também pesquisamos outros teóricos que ajudou a compreenção melhor para nossa pesquisa a respeito de Piaget. Portanto a sua teoria foi de grande valor não só para nós acadêmicos,mas a sociedade em geral agradece.
Referencias Bibliográficas:LA ROSA,Jorge. Psicologia e educação o significado do aprender. 6 edições,porto Alegre 2003.
Internet: HTTP/WWW,aticaeducacional.com.br.
Revista escola. Abril
RAPPAPORT,Clara Regina, Temas Básicos de Psicologia,volume19.
LA TAILLE.Yves.Teorias psicogenéticas em discussão 22ed.1992.






Shisley Almeida, Maria Eliete Medeiros e Poliana Sodré Ribeiro

O inatismo de Chomsky: o a visão gerativista do desenvolvimento da linguagem

 

endereço:http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3373949

O inatismo de Chomsky: o a visão gerativista do desenvolvimento da
linguagem


                                                                                         
                                                                                               Acadêmicas:
                                                                                              * Joana Darque Silva
*Josilene Santos
 *Luziane Brazão
Professora:
Ângela Brito Ferreira
 




“A tese mais famosa é a de que a linguagem é como um instinto foi elaborado por Noam Chomsky, o primeiro linguista a revelar a complexidade do sistema e talvez o maior responsável pela moderna revolução na ciência da linguagem”.
 

RESUMO: O artigo aborda como se desenvolve a linguagem, buscando através da revisão bibliográfica despertar interesse e instigar reflexão de estudiosos e profissionais da área de Letras sobre o desenvolvimento da linguagem segundo a visão gerativista. Fundamenta-se na teoria chomskyana, e tem como colaboradores autores como Pinker e Stephen Krashen. Para Chomsky todo individuo já nasce com a capacidade biológica para desenvolver a linguagem, e possui uma gramática universal, isto é o cérebro contém um dispositivo que faz com que o homem seja capaz de construir um número infinito de frases em sua língua materna, a partir de uma lista finita de palavras através de sua intuição e capacidade nata.
 PALAVRAS-CHAVES: inata, gramática universal, princípios e parâmetros.

ABSTRACT: the article discusses how language develops through literature review, seeking to awaken interest and instigate reflection of scholars and professionals in the field of Letters about the development of second language gerativista vision. Based on chomskyana theory, and has as collaborators authors like Pinker and Stephen Krashen. For Chomsky every individual already born with biological capacity to develop the language, and has a universal grammar, this is the brain contains a device that causes the man to be able to construct an infinite number of sentences in their mother tongue from a finite list of words through your intuition and ability cream.
Words keys: innate, grammatical universal, principles and parameters
 
                                         
                                          1- INTRODUÇÃO
      A questão de como a linguagem é adquirida encandeia diversos debates ao longo da história em torno desta questão, muitos estudiosos defendem que a linguagem é concebida através da imitação, alguns acreditam que ela é se dá pelo processo do condicionamento e outros que isto é algo natural do ser humano e também há aqueles que levam em consideração todos estes aspectos como fatores que contribui para a construção da linguagem.
  O referido artigo tem por finalidade fazer uma abordagem em torno da aquisição da linguagem segundo a teoria inatista de Noam Chomsky. Tratando resumidamente, a Gramática Universal e Princípios e Parâmetros e fazendo uma rápida abordagem nas teorias propostas por: Skinner, Jean Piaget, Vygotsky, Stiven Pinker e Stephen Krashen,  com o intuito de adquirir conhecimento torno da aquisição da linguagem sob uma visão de Chomskiana.
Objetivo geral deste estudo é estimular a reflexão dos leitores para a questão de como a linguagem é adquirida, possibilitando uma avaliação do método utilizado por Chomsky. E como objetivos específicos:  conhecer as teorias da aquisição linguagem dando ênfase a teoria inatista; verificar em que aspectos a teoria inatista se opõem ao behaviorismo;  observar quais as mudanças ocorridas na concepção da linguagem após a teoria de Chomsky.
Este estudo é de cunho bibliográfico, qualitativo e descritivo, tendo como procedimento o levantamento de dados através de técnicas de fichamento, resumo e resenha. Para fundamentar a discussão da pesquisa utilizou-se as obras de autores que tratam do tema aquisição da linguagem, em específico sobre a teoria inatista, como Chomsky,
O presente artigo está organizado em duas seções, a primeira trata das teorias de aquisição da linguagem, tendo como sub tópico a teoria inatista de Chomsky, Stiven Pinker e Stephen Krashen, a segunda seção apresenta a análise e a discussão.


2. AS TEORIAS DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
Antes de explorar a teoria de Noam Chomsky será feita uma rápida abordagem de alguns estudiosos sobre a questão da aquisição da linguagem:
      Skinner que é considerado o mais famoso psicólogo que defende a hipótese behaviorista isto é, o aprendizado se dá através de um processo denominado condicionamento operante. As mudanças nos comportamentos voluntários são resultados de eventos seguem estes comportamentos. Por um lado tem-se o reforço que é o evento que estimula e por outro lado a punição que faz ao contrario, diminuem a possibilidade de repetir tais comportamentos.
Segundo Skinner a imitação exerce uma função importante na aquisição da linguagem da criança, defende que a imitação segue um principio fixo. A criança imita o que o adulto fala e recebe uma recompensa, mesmo que ela não fale exatamente da forma como foi pronunciada         por ele e com o passar do tempo através da repetição ela aprende a combinar as palavras da mesma forma como o adulto. “(...) Uma ciência é válida ao lidar com um indivíduo somente se as leis forem referentes aos indivíduos. Uma ciência do comportamento que considera apenas o comportamento coletivo não parece válida para compreender um caso particular. (Skinner, 1953, p. 19.).”
 Desta forma os padrões e o vocabulário das crianças parecem com os das pessoas que as cercam. Outra visão sobre o processo da aquisição da linguagem é cognitivismo construtivista  segundo Jean Piaget.
 Jean Piaget foi o idealizador da teoria do cognitivismo construtivista. Segundo ele, por volta dos 18 meses a criança se encontra no estágio de desenvolvimento cognitivo, começa a partir daí o processo de desenvolvimento da inteligência que se dá na superação do estágio sensório-motor, o desenvolvimento da função simbólica e a representação pela qual a experiência pode ser armazenada e recuperada, aquisição da linguagem de pende deste desenvolvimento.
Essas funções juntam-se a outros três processos na superação do "egocentrismo radical", presente no período sensório-motor, segundo o qual não existe uma diferenciação entre sujeito e objeto, a ponto do sujeito não se reconhecer nem mesmo como fonte de suas ações. Estes três processos são: o da descentralização das ações em relação ao corpo próprio, isto é, entre sujeito e objeto; o sujeito passa a se identificar como agente de suas ações; o da coordenação gradual das ações, a fim de constituir uma conexão entre meios e fins; e o da permanência do objeto, mesmo quando ele está ausente do espaço perceptual da criança. “Nos primeiros tempos predominam os aspectos psicomotores e afectivos, depois os cognitivos e, finalmente, os axiológicos e de relacionamento social. A predominância de um ou outro desses aspectos imprime à personalidade da criança ritmos e características próprios que se exprimem em linguagens e comportamentos mais ou menos específicos”, in Tavares, J.; Alarcão, J.,Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p.32.”
Por meio desses processos, torna-se possível o uso efetivo do símbolo e da representação de um sinal por outro, utilizando o princípio da arbitrariedade do símbolo. No campo da linguagem, o jogo simbólico, a imagem mental, as sucessivas coordenações entre as ações e entre estas e o sujeito, a possibilidade de internalizar e conceituar as ações passam a fazer parte de sua realidade. Outro teórico que segue alguns desses aspectos desta corrente de pensamento é Vygotsky

Vygotsky exercer influência sobre os estudos de aquisição de linguagem e representou uma alternativa ao construtivismo Piagetiano, Para ele o uso da linguagem é a condição mais importante para o desenvolvimento das estruturas psicológicas superiores da criança, o seu desenvolvimento cultural aconteceria primeiro em nível social e mais tarde em nível individual. Assim, a consciência de cada criança retrataria a sua interação com a realidade, o processo de internalização seria uma reconstrução interna de uma operação externa, ressalta a importância da atividade do outro no processo, já que o sucesso deste depende da reação daquele. “... A natureza do próprio desenvolvimento  se  transforma, do biológico para o sócio –histórico. O pensamento verbal não é uma  forma de comportamento natural e  inata, mas é determinado por um processo histórico - cultural e tem  propriedades  e  leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de pensamento e  fala (PL 43).”
As transformações que ocorrem nesse processo são as seguintes: A primeira é uma operação que a princípio representa uma atividade externa, é reconstruída e passa a ocorrer internamente, a segunda, as funções do desenvolvimento da criança passam do interpessoal para o intrapessoal. Assim, todas as funções superiores originam-se das relações reais entre as pessoas e por fim o processo de internalização é resultado da história das relações reais entre as pessoas. Utilizando essas teorias associadas ao inatismo de Noam Chomsky tem-se a contribuição de Stiven Pinker.

 Pinker Segundo ele, tanto a hereditariedade como o ambiente desempenham papéis importantes, as Pessoas falam e entendem um conjunto infinito de frases novas, no entanto não faz sentido estudar o comportamento linguístico de cada uma delas, mas sim a gramática mental e os mecanismos psicológicos que estão por trás desse comportamento.
Apesar de a linguagem surgir de uma maneira bem natural nos seres humanos, os mecanismos linguísticos mentais têm de ter uma organização complexa, com a interação de muitas partes; As línguas não variam de modo arbitrário e sem limites, mas segundo um design comum denominado Gramática Universal. A aprendizagem seria impossível se não existisse esse design por trás do aprendizado de uma língua em particular. As crianças, rapidamente, generalizam da fala de seus pais, as regras certas.“Sabemos falar da mesma maneira que as aranhas sabem tecer suas teias” (p. 10). “a sintaxe é um órgão darwiniano, extremamente perfeito e complicado” (p. 148).
 Por fim, parecem existir mecanismos exclusivos para a cultura e o comportamento simbólico em geral, já que crianças inocentes e povos primitivos dominam gramáticas complexas.

2.1 A TEORIA INATISTA DE NOAM CHOMSKY
                     
A tese inatista proposta por Noam Chomsky defende que os seres humanos já nascem com uma espécie aparelho de carácter biológico responsável pelo desenvolvimento da linguagem, e que possui uma estrutura gramatical universal, que possibilita os homens a construírem infinitas sentenças que nunca foram ditas anteriormente em sua língua materna e que essas formulações só dependem de sua criatividade. “[...] as crianças produzem muitas frases que jamais poderiam ter ouvido adultos produzirem” (Kaufman, 1996, p. 58),
E que a capacidade de se desenvolver a fala não seria determinada por estímulos do meio em que o individuo estar inserido, e sim pela herança genética que segundo ele é comum a toda espécie humana, Chomsky se opõem ao behaviorismo na ideia de que a criança aprende a falar somente por meio de imitação de outras pessoas ou por meio do processo estímulo-resposta, ele acredita que todas as crianças consideradas normais serão capazes de desenvolver estruturas gramaticais muito difíceis de forma rápida sem que sejam ensinadas, elas escolhem as regras que supostamente variam fazer parte de sua linguagem, Por isso, esse processo não pode ser concebido como um repertório de respostas, ele afirma que o cérebro deve conter um dispositivo que consiga construir um número infinito de frases a partir de uma lista finita de palavras.
Perante esses fatores apresentados Chomsky chegou à conclusão que a linguagem é quase completamente inata. “... a criança, que é exposta normalmente a uma fala precária, fragmentada, cheia de frases truncadas ou incompletas, é capaz de dominar um conjunto complexo de regras ou princípios básicos que constituem a gramática internalizada do falante. “(...) Um mecanismo ou dispositivo inato de aquisição da linguagem (...)”, que elabore hipóteses linguísticas sobre dados linguísticos primários (isto é, a língua a que a criança está exposta), gera uma gramática especifica, que é a gramática da língua nativa da criança, de maneira relativamente fácil e com um certo grau de estantaneidade. Isto é, esse mecanismo inato faz “ desabrochar  o que já está lá”, através da projeção, nos dados do ambiente, de um conhecimento linguístico prévio, sintático por natureza”.
Posteriormente, Chomsky introduziu a chamada Teoria de Princípio e Parâmetros, como já vimos posteriormente o homem é provido de uma gramática universal que pode se entendida como um conjunto das propriedades gramáticas comuns compartilhadas por todas as línguas naturais, assim como as diferenças entre elas que são previsíveis segundo as diversas opções disponíveis na própria GU. Para descrever a natureza da gramática universal e como ela funciona, foram formulado uma teoria denominada princípios e parâmetros, esta teoria possui duas fases, a primeira é a fase da regência e da ligação, e a segunda é o programa minimalista. “[...] cada criança nasceria com uma fechadura, pronta para receber uma chave; cada chave acionaria a aquisição de uma língua diferente, daí todas nascerem com a mesma capacidade e poderem adquirir as ais diferentes línguas.”
Os estudos em torno dessa teoria são desenvolvidos principalmente na área da sintaxe, pois se percebem as semelhanças entre todas as línguas do mundo exatamente nas estruturas sintáticas, mesmo entre aquelas que não possuem nem um parentesco. Para Chomsky é fundamental que o estudo da sintaxe aconteça separadamente dos demais componentes da gramática, como por exemplo, dos léxicos, fonologia, morfologia e da semântica, segundo ele os componentes da gramática precisam ser analisados como modo autônomo no sentido de que são regidos por suas próprias regras e não sofrem influencia direta dos outros módulos, pois existe naturalmente uma interação entre os módulos afinal a sintaxe cria sintagmas e sentenças a partir das palavras do léxico com o resultado final uma leitura fonológica assim uma interpretação semântica denominada forma lógica. Outro  teórico de cunho inatista é Stephen Krashen.
 Krashen propôs uma teoria chamada de monitor model que se constitui de cinco hipóteses: a primeira é a hipótese de aquisição-aprendizado onde o individuo são expostos a amostras da língua materna às quais eles compreendem. O aprendizado dá-se por um processo consciente de estudo e atenção às formas e regras gramaticais da nova língua. A segunda é A hipótese de monitoramento, nesta hipótese coloca-se que o sistema de aprendizagem funcionaria como um editor ou monitor, promovendo pequenas mudanças e burilando o que o sistema de aquisição tenha produzido. Na terceira tem-se a hipótese da ordem natural diz que as pessoas que estão aprendendo uma segunda língua assim como os que estão aprendendo a língua materna adquirem as funções da língua em sequências previsíveis isto é de forma natural. Em seguida temos a hipótese do insumo a linguagem é adquirida por meio de input e por fim a hipótese do filtro afetivo que afetivo seria uma barreira imaginária que impede as pessoas que estão aprendendo de adquirir a língua dos insumos disponíveis.
   
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO.
 Fazendo uma breve analise sobre a teoria da aquisição da linguagem, partindo da proposta de Skinner que diz que o individuo adquire a linguagem por meio de estímulos-respostas que podem estimular ou reprimir a ação realizada. Esta teoria nos leva a refletir sobre o comportamento das crianças que mesmo recebendo estes estímulos apresentam comportamentos que são diferentes daqueles ensinados como por exemplo a produção de frases que não são ensinadas, este fato nos leva a acreditar que somente o meio não é capaz de desenvolver completamente a fala.
Partindo para a teoria defendida por Piaget que compreende a aquisição da linguagem como um fator que depende do desenvolvimento cognitivo, onde a criança começa o estágio de superação do censo-motor e a fazer o chamado jogo simbólico. Acredita-se que esta proposta é um reflexo da teoria defendida por Chomsky, este estágio colocado por Piaget ocorre de forma natural. Já Vygotsky defende a linguagem como um processo construído através das experiências vivenciadas isto é a construção interna se dá pela  pelo fator externo, ao nos confrontarmos com essa visão levou-nos a descordar desta forma de conceber a linguagem, acreditamos que somente as experiências externas não são suficientes para adquirirmos a fala como sugerem Pinker e Krashen  que são teóricos que seguem a linha inatista  criada por Noam Chomsky.
Chomsky afirma que diz que o homem já nasce com a capacidade biológica de desenvolver a fala e que o ambiente não é o fator primordial para que ela ocorra, é de fato a forma mais convincente de como a fala é adquirida, de fato essa teoria nos abre uma leque de oportunidades para que se possa compreender realmente de que forma a aquisição da linguagem é desenvolvida e ampliar nosso conhecimento em torno deste assunto. “(...) Um mecanismo ou dispositivo inato de aquisição da linguagem (...)”
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
No presente artigo buscou-se conhecer as teorias da aquisição linguagem dando ênfase à teoria inatista. A primeira dessas teorias a ser abordada foi o behaviorismo, onde seu maior representante foi o psicólogo Skinner, que defende a aquisição como um processo onde o comportamento do individuo é resultante do meio em que ele estar inserido e que tal comportamento será alterado ou não de acordo com o estimulo recebido. Em seguida apresenta-se a teoria criada por Piaget em que ele acredita que a linguagem para ser desenvolvida irá depender do desenvolvimento da inteligência, Já para Vygotsky esse desenvolvimento é resultante das experiências sócias externas. Pinker coloca que a linguagem é algo natural mais que depende do ambiente para se desenvolver. O criador do gerativismo Chomsky afirma que a linguagem é quase que totalmente inata, e que o ambiente não é o fator mais importante para que ela se desenvolva.
 Buscou-se verificar em que aspectos a teoria inatista se opõem ao behaviorismo. Chegando a seguinte conclusão, o behaviorismo coloca como fator primordial para a aquisição da linguagem o ambiente, já o inatismo defende que o biológico é o responsável pelo processo de      desenvolvimento da fala, pois os gerativistas não conseguiram explicar como as crianças são capazes de produzir sentenças que não foram ensinadas, dai o fato de se acreditar que isso é decorrente de um processo natural do ser humano.
Por fim busca-se observar quais as mudanças ocorridas na concepção da linguagem após a teoria de Chomsky, e se pode concluir que ocorre uma grande mudança na concepção de gramática universal, através dos princípios e parâmetros proposto por este teórico e derruba completamente a ideia de que o meio em que se estar inserido tem o papel primordial para o desenvolvimento da linguagem defendida pela teoria behaviorista. Portanto é de suma importância que professores de língua portuguesa estejam buscando sempre conhecer estas teorias que norteiam os estudos entorno da linguagem, para desempenhar um ensino de qualidade.
             
vilhena, joana darque e josilene santos

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ferramentas para planejamento visual


As informações visuais fazem parte de nosso dia-a-dia, através de diversos suportes comunicativos como outdoors, jornais, faixas, cartazes, televisão, computador, etc. Estes instrumentos influenciam significativamente nas impressões que apreendemos em nosso cotidiano, pois são os signos visuais os que primeiro chamam nossa atenção, despertando nosso interesse pela informação escrita no suporte. Pois, segundo Strunk (1989) “As imagens agem diretamente sobre a percepção do cérebro, impressionando primeiro para serem depois analisadas, ao contrário do que acontece com as palavras”.
Os estímulos visuais induzem a forma como vemos o mundo a nossa volta e nos comportamos no meio social; influenciam nossos costumes e a maneira como nos comunicamos, enfim, os signos visuais são determinantes culturais. Portanto o conhecimento amplo e profundo desses recursos, assim como a análise e reflexão sobre sua aplicabilidade no meio educacional são impreterivelmente relevantes no mundo atual.
Entretanto, a utilização das ferramentas visuais para comunicação, tornou-se hoje um dilema para o professor, principalmente para aquele que não é muito flexível quanto à dinamização de sua aula, um dos motivos para esta dificuldade é a falta de capacitação e/ou formação continuada do professor, e outro concerne a quantidade de ferramentas ou possibilidades que evolem e se atualizam muito rapidamente, as ferramentas para a programação visual para a mídia impressa modificaram-se durante o século 20.
O profissional que trabalha com programação visual é o web designer e tem como função principal a construção de sites, o desenvolvimento web hoje requer do profissional conhecimentos em diversas áreas técnicas além da parte gráfica, o design em si. Existe um leque enorme de programas usados pelos web designer. Para construção do código, por se tratar de simples texto, qualquer editor de texto pode servir de suporte para a criação do código.
Atualmente no mercado consumidor encontram-se programas gratuitos e pagos para uso comercial e pessoal com interface WYSIWYG, com diversas utilidades como gerenciamento de sites, editor de códigos ( Dreamweaver, Aptana, Expression Web, Frontpage), e os editores gráficos vetoriais: Corel Draw, Illustrator ou o Inkscape), de bitmap GIMP, Photoshop ou o Fireworks. Para animações e recursos dinâmicos, o Flash é o mais utilizado. (LEMOS, 2001)
Segundo Kenski (p. 109) “Em relação ao Flash, deve-se ter o cuidado de usá-lo apenas onde a solução seja impossível de ser reproduzida em HTML, jamais se usa em menus e áreas de conteúdo por ser um arquivo binário, não ser acessível e estar em desacordo com as recomendações do W3C.”
Importante destacar o conhecimento em programação, acessibilidade, linguagens como ASP, PHP e outros para o profissional de webdesigner. Pois ao construir seu trabalho, o webdesigner elencará conceitos de layout e usabilidade, possibilitando ao projeto tornar-se acessível, elaborando-o de forma estruturada graficamente e facilitando assim o manuseio pelo usuário, ou seja, de forma fácil e intuitiva.  
O webdesigner precisa se planejar para iniciar seu projeto, tendo em mente o objetivo e a quem é direcionado o trabalho, essas informações estruturarão o projeto, outra informação importante é sobre o produto ou serviço colocado pelo cliente, haja vista que o website  visa ser uma extensão da empresa do cliente e do  produto que ele oferece. Atualmente há diversos instrumentos que facilitam a produção de um cartaz, por exemplo, o Power Point é uma delas, entretanto há outros programas que possibilitam a utilização de mais efeitos e recursos. Listaremos abaixo as principais ferramentas visuais: Adobe Photoshop, Xara x1, Adobe Indesign, DreamWeaver, Adobe Ilustrator, Ace Poster, Corel Draw (estas duas últimas são úteis principalmente para elaboração de cartazes).


REFERÊNCIAS
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2007.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

HIPERTEXTO


O hipertexto, é uma nova forma textual, incorporada em formas textuais impressas a muito conhecidas, como sumários e índices, mas tem realmente modificado a leitura dos documentos em rede, a partir da interação de textos diversos em um só espaço semântico/digital dentro das web-pages. Esses espaços organizam-se de forma espontânea,  por meio do mapa do site e do mapa de links, proporcionando, assim, uma apreensão do todo, da macroestrutura do site e as suas ligações.
O hipertexto digital desenvolveu-se com a Revolução Tecnológica, proporcionando dinamismo na interação navegante e rede, pela necessidade de interação que fosse prática e ao mesmo tempo que estimulasse o raciocínio.
O hipertexto proporciona que o navegante da rede possa interagir comos textos de forma rápida e prática, pois clicando nos links o internauta pode circular pelas informações disponíveis na rede.
Quando relacionam-se  as TICs com a educação compreende-se a grande cooperação e praticidade que as mídias proporcionam à prática educacional, pois o aluno ganha autonomia na construção do conhecimento, cabendo ao docente ser mediador entre as TICs e o aluno. Observa-se que apesar da fragmentação e fruição das informações veiculadas na internet os alunos mostram-se capazes de refletir e internalizar conceitos desde que tenham um mediador que os oriente nessa construção

CONVERGÊNCIA E CURRÍCULO


A tecnologia de informação e comunicação é um instrumento que possibilita aos professores e alunos a utilização da escrita para descrever/reescrever suas ideias, comunicar-se, trocar experiências e produzir novos conhecimentos. Nessa aventura, o professor é desafiado a assumir uma postura de aprendiz ativo, crítico e criativo, constante pesquisador sobre o aluno: seu nível de desenvolvimento cognitivo, emocional e afetivo, sua forma de linguagem, expectativas e necessidades, seu contexto e cultura.
Temos assim a oportunidade de romper com as paredes da sala de aula e da escola, integrando-a à comunidade que a cerca, à sociedade da informação e a outros espaços produtores de conhecimento, aproximando o objeto do estudo escolar da vida cotidiana e, ao mesmo tempo, nos transformando em uma sociedade de aprendizagem e também da escrita.
Ao propormos esta nova metodologia, os alunos sentem-se mais motivados à interagir com o conhecimento sistematizado que a escola apresenta, pois normalmente já utiliza e navega pelas tecnologias de informação e comunicação. Evidentemente nem todos os alunos terão facilidade na manipulação das TICs, considerando que cada indivíduo tem as suas particularidades e suas inteligências, conforme assinala Howard Gardner (1985) sobre as inteligências múltiplas “é uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer área de atuação.”, portanto cabe ao professor como responsável pela mediação do processo de ensino-aprendizagem orientar os alunos na construção desse conhecimento.
Com certeza o maior impasse na mudança curricular concerne a disponibilização de recursos à escola, aos professores e aos alunos, pois como sabemos os meios tecnológicos demoram a chegar no sistema escolar, uma das alternativas é relacionar as vivências do aluno e sua realidade cotidiana à prática de sala de aula, ou seja, o professor pode indicar aos alunos, atividades que utilizem as TICs e que estes possam realizar em grupo dentro de suas possibilidades ( em Lan houses, na casa de algum colega que tenha computador, etc.). Entretanto é imprescindível que o professor faça a prévia orientação dos alunos sobre a utilização das TICs, estabelecendo regras e enfatizando os objetivos do trabalho.